sábado, 29 de outubro de 2011

montanha russa

"Onde é que há parques de diversões em Portugal?" - turista alemão

alguém sabe?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Boards ou hoje aposto no 14!



Todos os grupos têm um logotipo que os identifica.
Quando nos entregam a documentação relativa a um grupo (rooming list, vauchers, bilhetes, menus...) vem sempre o board com o nome do grupo e o logo.
Nos últimos tempos esses logos têm ficado cada vez mais trabalhados e únicos. Aparecem-nos de todas as cores, formatos, tamanhos.
Uma dessas placas fica no autocarro, para que o grupo possa identificar mais facilmente quando paramos e o outro é transportado por nós, ou seja, pelo guia. Que o segura na mão bem lá alto para que todos vejam.
Quando é apenas uma folha de papel plastificada é um alívio. Porque também há aqueles que chamamos os lollipops: não imaginam por vezes o peso. Alguns para o nosso alívio parecem feitos de esferovite e não cansam tanto o braço, mas outros... de madeira e metal!
A dor! Passa da mão direita para a esquerda e de novo para a direita e depois a esquerda e lá vamos ouvindo um cliente a dizer: quer ajuda? ou já não precisas ir ao ginásio!
Depois também há aquele momento em que os transeuntes acham que estamos a brincar e tentam tirar-nos a placa.
Sim! Uma vez tive uns rapazes que muito divertidos tiraram-me simplesmente a placa da mão.
Há ainda o outro tipo de board: o dos navios de cruzeiro, cuja identificação é normalmente um número e nós ao passarmos pelas ruas lá vamos ouvindo: vem aí o 4, olha o 6 já passou vai à tua frente. Ou - epá hoje vou apostar no 14!

Mas o melhor de tudo é quando os grupos têm nomes... no mínimo originais.

Imaginem-se a esperar um grupo no aeroporto de Lisboa com este nome:
Rabobank!!!!

hhmmm?

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

História da Sara Pereirinha - Malas Perdidas, 55!!!!

Malas Perdidas

Certo dia está a Sara no aeroporto, nas chegadas à espera do seu grupo de italianos vindos num vôo da Iberia.
O vôo aterra, a Sara aguarda com o board lá bem no alto para que possam ver.
Passam os 30 minutos "normais" de espera e nada. Nem um.
Passam mais uns minutos.
E outros minutos. E outros. O board vai passando de braço para braço, para descansar e nada.
Nem um turista com uma malinha.
Mais um pouco e... Eis que surgem eles - 55 italianos e nem uma bagagem!
Zero!!! Todas as malas perdidas!
A Ibéria esqueceu-se de colocar o vagão das malas do grupo!
E assim fico a imaginar a Sara a regressar horas depois ao aeroporto com 55 italianos furiosos, aos gritos, a quererem tanto as suas malas que nem aguardaram no hotel!
"Qual desembarque da Normandia" - parafraseando a Sara.

Walden Pond's Monk

Tiago Sousa

o presente com vontade de futuro. O caminho desenha-se.
Seguimos-te.

http://youtu.be/_Bds8Z5-xyQ

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Les Timbres! Briefmarken! les boîte aux lettres!Briefkasten!

Não sei como são as outras nacionalidades, mas os franceses e os alemães têm uma preocupação comum quando viajam: enviar postais!
Na era da internet, dos emails, dos blogs e facebooks, estas duas nacionalidades mantêm essa velha tradição viva!
Mas para tal necessitam de dois elementos: os selos! e a caixa do correio! Parece óbvio e fácil? não é.

Comprar selos em Portugal já não é assim tão fácil. Há uns anos comprava-se no mesmo local do postal, mas depois deixou de assim ser e agora só nos correios.
E colocar o postal nem sempre é fácil porque nem sempre há um posto dos correios por perto e se não avisamos logo de início que a caixa vermelha é o correio, eles passam por algumas e não colocam os postais. Ainda por cima nós temos a caixa vermelha e a azul, que não sei bem porquê, os faz sempre sorrir e achar curioso termos as duas cores!

A partir do momento que começam a ter postais na mão, todo o tour começa a girar em torno da compra de selos e do posto dos correios.
Há uns anos quando ainda fazia com regularidade circuitos, cheguei a ter selos comigo para vender. Depois "deixei-me disso".
Mas não me escapo do posto dos correios. Encontrar um, estar dentro dos horários de funcionamento, não é fácil. E vê-los com uma expressão triste porque não podem colocar o postal é de partir o coração. Porque é realmente importante enviar o postal do sítio certo!
Então oferço-me sempre para enviar o postal e se for preciso comprar o selo. Aceitam, com sorrisos, mas sei que temem que não coloque o postal. E sei que se por acaso não chega o pensamento deles será: "ai a guia, de certeza que não colocou"!ihihihihih

E assim, no fim de tantos tours, qual carteira profissional, chego a casa com quilos de postais nas mãos para enviar!

Ops... tenho ali quatro postais que ainda não enviei... está na hora. De hoje não passa.
;)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tudo tem um preço ou a Troika anda por aqui

Estavamos nos jardins do Palácio de Queluz e pergunta-me uma senhora:
"Quanto custará comprar este palácio?"
Ri, achei mesmo que era uma pequena piada e pouco mais disse.
Mas não... a senhora insistiu: "Qual será o valor?"

"Bem, o palácio não está à venda. É um Monumento Nacional."
"Sim, mas tem um preço. Sabes qual é? Olha que estaria interessada em comprar."
"Certamente terá um valor, mas não pode comprar, é propriedade do Estado, é monumento nacional. Não estará à venda!"
"Cátia, tudo tem um preço, tudo"

tendo em conta a Troika... espero não ter dito nada de errado à senhora!!!

Vivências assim


Se não trabalhasse neste ramo não teria experiências destas: noites históricas em palácios!

Ver os olhos dos turistas a brilhar, os sorrisos a esboçar, as exclamações.
Noites memoráveis, momentos únicos que levam com eles, viagens interiores.

As agências portuguesas organizam recordações inesquecíveis.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Estou sim? senhor ladrão?

Após o tempo livre no Rossio, ao voltarem ao autocarro, um dos casais do tour diz-me ter sido assaltado enquanto tomava um café numa esplanada. Infelizmente este tipo de situação tem ocorrido com alguma frequência.
Perguntei se queriam ir à polícia, mas a senhora diz-me que não. Insisti porque apesar de tudo vale sempre a pena fazer queixa. Voltou a responder que não seria necessário, que o dinheiro não seria certamente devolvido, que os documentos importantes tinham ficado no navio, tinha apenas os cartões de crédito. A única coisa que tinha pena era os óculos de sol, ah e também o telemóvel.
Não insisti, mas pensei em confirmar que já teria ligado ao seu banco para cancelar os cartões. Ao que q senhora me responde: "não, não será necessário, eles não sabem o meu código!"
Ok... mas podem tentar descobri-lo... "não, não, eles não conseguem".
Desisiti.

Continuamos a visita. Ao chegarmos de volta ao cais, nas despedidas o mesmo casal aproxima-se:
"Cátia estavamos aqui a pensar se poderias ligar ao ladrão e perguntar-lhe se ele podia vir devolver os óculos de sol?"
"!!!!! desculpe?"

"o meu marido liga para o meu telemóvel e o ladrão certamente irá falar português, podias falar-lhe e explicar-lhe que venha aqui ter só para devolver os óculos. O resto não faz mal."
Silenciei, ainda tentei dizer que aquela hora já o telemóvel estaria desligado, mas não tive tempo, o telemóvel já me tinha sido colocado no ouvido e obviamente dava sinal de ocupado.
"tenta-se outra vez" e o mesmo sucedeu.
"oh pronto, é que os óculos davam-me jeito. Não faz mal, já agora o que achas que vão fazer com o telemóvel? Valia 800€, achas que o vendem?"

pergunto-me por vezes em que realidade vivem as pessoas!!!!
Fui a rir para casa.

Calçada Portuguesa


A ideia dos primeiros pavimentos surgiu nos finais dos século XIII inicío do XIV com pedra retirada do Tejo, mas esta era de pouca duração. Já no século XVI com rei D. Manuel pavimentou-se a Rua Nova dos Mercadores com granito vindo do Porto. Após o terremoto com a renovação da cidade surgiu então a primeira calçada portuguesa.
No entanto o grande responsável pelos pavimentos como conhecemos hoje foi o Tenente - General Eusébio Furtado, a meio do século XIX. O trabalho foi realizado por prisioneiros e a primeira zona a ser pavimentada foi do Rossio até à Avenida da Liberdade.
Foi de tal modo apreciada, que rapidamente espalhou-se por todo o país e mesmo para o exterior.
Aos poucos foi-se apurando o sentido artístico aliado à funcionalidade e os mestres calceteiros tornaram-se artesãos reconhecidos.
A calçada é feita originalmente de calcário e basalto, a pedra branca e preta.
Existem três tipos principais de disposição da mesma: o quadrado (pedras de 5cmX5cm dispostas em forma simétrica); sextavado (forma hexagonal) e o malhete (pedras regulares e irregulares dispostas de forma arredondada). A pedra vinha de Monsanto e das regiões de Alcobaça e Porto Salvo. Quando se utilizava o calcário negro, esse chegava de Mem-Martins.
O servente começa por fazer um buraco de 8cm que é depois coberto até meio com areia, depois o calceteiro coloca o molde que depois é retirado e preenchido com a pedra. De seguida a superfície do pavimento é lavada e molhada e o pilão termina nivelando a pedra com o maço.
Os motivos dependem da imaginação do artista, mas estão normalmente ligados à história, lendas, folclore ou desenhos geométricos, florais, ondas ...
Ficamos a saber também que numa rua em que se utilizavam as duas pedras, essa seria uma rua principal.
Em 1927 existiam 400 calceteiros e em 1997 apenas 15.
Esperemos que não venha a ser esquecida, mas sim preservada.
Fica aqui um exemplo destes trabalhos que se encontram por baixo dos nossos pés.
Quem sabe descobrir Lisboa ou Portugal através da calçada não é um passeio diferente?
Onde estará esta borboleta?
:)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Reservatório da Patriarcal


O Reservatório da Patriarcal foi projectado, em 1856, pelo Engenheiro francês Mary. Foi o reservatório mais importante na rede de distribuição de água da baixa lisboeta.
Situado por baixo do Jardim do Príncipe Real, o seu reservatório tinha a capacidade para 880m3 de água, com 31 pilares de 9, 25 metros. Na década de 40 deixou de funcionar.
E hoje pode ser visitado.
É talvez um dos segredos de Lisboa e uma hora de visita que vale mesmo a pena. Na hora marcada, chega o guia que nos conta tudo sobre o abastecimento de água em Lisboa, que sofria muito porque o rio ao contrário das outras grandes cidades, não é de água doce, mas o misto de doce e salgado e por isso a população não podia facilmente abastecer-se de água.
Durante quase uma hora percorremos túneis até sairmos no miradouro de São Pedro de Alcântara, naquela portinha ao lado do quiosque.
E fica-se com vontade de fazer a visita completa do Aqueduto.
Vale a pena e o preço é mesmo simbólico.

Moscovo

Aeroporto de Lisboa. Chegadas.
Eu de cartaz na mão há espera do grupo, aproximam-se as primeiras pessoas, pergunta-se o nome, confirma-se na lista, pede-se para esperar ali ao fundo, quem sabe nas cadeiras porque é mais confortável.
Próximo casal aproxima-se:
Sr: - Is this Lisbon? I thought we were landing in Moscow! e virando-se para a esposa com ar aflito
- Honey we are in Lisbon! Not in Moscow!

História da Jú Candeias - Pilha em castelhano diz-se...

História contada pela Jú:

almoço de grupo num restaurante em Leiria, no meio da agitação da chegada do grupo, da procura de lugares, dos amigos que se querem sentar juntos, de alguém que avisa no último momento que é vegetariano, um dos empregados aproxima-se da Jú com um ar entre o muito sério, o incrédulo e o talvez até zangado e diz-lhe:
- minha senhora preciso da sua ajuda, está ali um senhor que diz que precisa de um buraco para pôr a pila! O que é que ele quer dizer com isto?


AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH