Para além de todas aquelas histórias sobre fronteiras, diferenças de comida, de não haver cadeias de restaurantes que encontramos aqui ou na China, o senhor alertou para um pequeno grande pormenor: o poder das imagens, da fotografia e do filme.
Hoje em dia basta escrever Palácio de Cristal, Porto e vemos milhares de imagens, até num pequeno écran de telemóvel e quem sabe, filmes publicitários. A maior parte das vezes essas imagens têm manipulação de tamanho e luz, o que cria na nossa mente toda uma concepção do sítio talvez diferente do real, mas de acordo com o que a nossa mente até deseja e levando à vontade enorme de visitar esse local.
Ver todos os dias a imagem, começa a torná-la menos grandiosa, começa a ficar banal e no dia em que a confrontamos com a realidade... há por vezes a desilusão.
Pensávamos que era maior, que era mais colorido, que o sítio em que se localiza era mais especial, que isto e aquilo.
Dizia-me o senhor que já ouviu pessoas dizerem com o ar mais entediado do mundo: "a Esfinge do Egipto? Não é nada de especial."
Quando nada víamos, criávamos mundos no "nosso mundo" e tudo sabia a mais fantástico, a único, a especial.
Será que a constante invasão de imagens na nossa visão tirou-nos a imaginação e o encanto?
Fiquei um pouco triste e pensei que realmente há pessoas que dizem: "não preciso ir a esse museu, tem a colecção toda no website, basta clicar do sofá da minha sala."
... a pensar...
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