segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O nosso Portugal

Uma das riquezas e unicidades de Portugal é a sua diversidade. Num rectângulo tão pequenino temos uma geografia tão diversificada: da montanha às planícies, da neve aos 40ºC. As tradições passam da vida do campo até ao mar e das gentes... por onde começar?

Vamos mostrar o nosso Portugal? Principalmente aqueles cantinhos que são tão pouco falados?

Hoje deixo-vos Portas de Ródão, fotografado pela Patrícia Moreira.


"Onde o Tejo é mais magrinho", diz-nos Patrícia :)

obrigada pela tua partilha!

Os gatos não têm vertigens


Gostei dos actores principais, gostei dos temas que o filme toca, gostei do toque de esperança  e gostei muito deste fado. 
Quando os pais perceberem que só devem amar os filhos e dar-lhes prioridade, o mundo será um lugar melhor. Quando as pessoas perceberem que precisamos umas das outras apenas porque somos iguais, o mundo será um lugar melhor. E pergunto-me quão grande será o choque que as pessoas entre os 30 e os 50 vão ter quando se depararem com "o lar". Será que os 50 são os novos 40? E os 40 os novos 30? E os 30 os novos 20?

Salve a lã portuguesa

Sabiam que a lã portuguesa é considerada uma das melhores do mundo? E que, na maior parte dos casos, esta lã acaba queimada porque os criadores de ovelhas não têm destino para lhe dar? O projeto Salva a Lã Portuguesa foi o 2º classificado da última edição do concurso Ideias de Origem Portuguesa e explica aqui as vantagens do aproveitamemento da lã nacional.

Se tem facebook, aceda aos links acima indicados, se não, pesquise na internet e vá até ao canal vimeo.com e procure o filme com o título: Salva a lã portuguesa.




Fernando Guerra

Fernando Guerra foi pioneiro na forma de fotografar e comunicar a arquitectura. Há quinze anos abriu o estúdio FG+SG em colaboração com o seu irmão e juntos são responsáveis por grande parte da difusão da arquitectura contemporânea portuguesa, nos últimos quinze anos.
Fernando Guerra é fotógrafo de arquitectura. A sua formação, porém, é de arquitecto.

Há poucos dias o museu Moma de NYC adquiriu fotos suas do Museu Iberê Camargo projectado por Álvaro Siza.



sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Na aldeia de Miguel Torga

Em Trás-os-Montes na aldeia de Miguel Torga, há casas que vão levando remendos. 
Tal como na vida, os remendos precisam de cor, de esperanças, de vontade. 
Ora espreitem:


                                 http://amo-temilmilhoes.blogspot.pt/2014/12/inspiracao.html


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Comércio tradicional

Não sei se o comércio tradicional voltará a ser o que um dia foi, mas acredito que não desaparecerá e que haverá sempre quem o estime, cuide e valorize.
Da próxima vez que for às compras, pense que pode valorizar e ajudar um comerciante que não aquela grande empresa cheia de milhões e milhões. Tem tudo a ganhar se assim o fizer: ajuda o mais pequeno, ajuda a cidade, encontra prendas originais e pode ter a certeza que o atendimento é mesmo de outra qualidade, além do mais encontra detalhes, histórias, pormenores que o irão deliciar.
Certamente que já passou por muitos destes sítios, mas, já entrou, já olhou com atenção para eles?

- No Rossio, na actual loja Nova Câmbios encontra ainda o vestígio de uma parede do antigo Hospital de Todos os Santos (anterior ao terremoto de 1755)

- Manteigarias - na Baixa e no Chiado, sabia que antigamente a manteiga era um produto de luxo? Era vendida a vulso, em papel vegetal e que requeria cuidados de saúde enormes. Só nos anos 1960 tornou-se popular

- Drogaria Oriental - 1893, onde encontra ainda os perfumes a peso, produtos nacionais. Hoje nem nos lembramos mais que os perfumes vêm das essências naturais. Aqui encontra os frasquinhos antigos e pode levar a quantidade que desejar. (outra loja semelhante é na rua da Conceição nº85, no vão da escada do prédio)

- Alfaiataria Londres que no 25 de Abril ainda vendeu 4 metros de tafetá

- Velas Loretto - 1789 e continua na mesma família, abriu para fornecer velas de qualidade ao Teatro São Carlos, ou seja, com cera de abelha, pois a maioria era de banha de porco ou outras gorduras, o que deixava um cheiro menos agradável. 

- Tabacaria Matias - digamos que o primórdio das lojas de conveniência. Na fachada temos ainda as lápides que indicam tudo o que se poderia ali comprar, desde revistas a pasta de dentes e cerveja

- Casa Maciel - das raras lojas de latoaria que ainda sobrevivem. A arte da latoaria é arte da folha de Flandres, do estanho, uma invenção de 1400. Imaginem que tudo o que utilizam hoje em dia feito em plástico, outrora era feito desta folha. A loja sobrevive pois direccionou-se para a produção de candeeiros, tochas, decorações para hotéis, solares e palácios, nacionais e estrangeiros

- O Mundo do Livro - o mural é de tirar o fôlego, a simpatia ainda mais, não vou revelar, prefiro que descubram

- Barbearia Campos - com a máquina de espremer toalhas, os candeeiros a gás, o esquentador antigo e as caixas em estanho onde cada cliente frequente guardava o seu pente, tesoura e pincéis da barba (para que não apanhassem piolhos ou tuberculose dos outros clientes). Abria nos dias de espectáculo do Teatro São Carlos, para que os senhores pudessem retocar o penteado antes do espectáculo.

Estes são apenas um pequeníssimo exemplo do que podem encontrar ao passear pela baixa lisboeta e pelo Chiado. Percorram as ruas com atenção e vão reparar que nas esquinas estão lápides que ainda nos indicam o que se vendia ali em tempos idos, como na Rua de São Nicolau, dedicada ao comércio das malas, ou na Madalena, zona das lojas de ortopedia e até mesmo na Praça da Figueira onde vemos duas mãos que se apertam, em sinal de cumprimento e de fecho de negócio.
E já pensou que os edifícios da baixa eram na maioria edifícios de negócios e ateliers? Os andares térreos eram as lojas, o primeiro piso os ateliers (de joalharia, alfaiataria, ...) e o segundo o de habitação do proprietário.
As lojas antigas não tinham montra, daí aquelas estantes largas, como vemos ainda nas farmácias mais antigas. É apenas no final do século XIX que chega de França a ideia da vitrine!

Este é um património a preservar, de chapelarias, a lojas de carimbos, passando pelo hospital das bonecas ou todas as casas de chá e café, e tantos outros estabelecimentos únicos.
Com toda a renovação necessária do centro de Lisboa, espero que os governantes protejam estas casas, pois são parte de cada um de nós.

Vá, percorra, olhe, reanime as memórias e crie novas!

detalhe: alfaiataria, o número da porta está envolto num colarinho 


o Lord e a sua carruagem 

um mural que nos aponta os vários aspectos associados à leitura, desde aquele que lê para quem não sabe, à juventude ávida de aventuras 

a máquina que dá o nome à famosa bica! Pois era da torneira (bica) que saía o café quentinho, bem ali na Brasileira

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Do monumento ao 25 de Abril

A arte moderna/contemporânea não é de entendimento imediato. Se há monumento na cidade de Lisboa que o demonstra, é a obra de Cutileiro no Alto do Parque Eduardo VII.
A escultura, também fonte, homenageia o fim da ditadura em Portugal. A água, elemento mais suave, símbolo do povo, destrói as pedras, elemento duro, símbolo da ditadura. Na frente de todo esse simbolismo, encontramos ainda um cravo vermelho.
Quando comecei a trabalhar achava que a maioria das pessoas iria sempre identificar a obra como sendo uma simples fonte. Mas ao longo destes anos percebi que há muitas mais visões para além desta.
A maioria dos turistas pensa efectivamente que é uma fonte.
Em segundo lugar vem a ideia de que é um monumento ao terramoto de 1755, simbolizando a destruição da cidade.
Os mais "atrevidos" apontam o seu lado fálico, sem embaraço algum nas teorias que desenvolvem.
Mas no outro dia, a trabalhar com mais duas queridas colegas (a Rita e a Sofia), fiquei a conhecer uma nova teoria: tudo aquilo não passa de um acto de vandalismo.
O senhor insistia que da última vez que tinha estado em Lisboa, a fonte estava inteira e que aquilo que estava ali não é mais do que o resultado de vandalismo!

Apetece-me arrematar como os brasileiros, quando brincam a tentar falar português de Portugal:
- Ora pois!


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Música do sertão

A parte da tarde foi ao som de 26 homens a cantarem música sertaneja! Um "ônibus" bem animado.


terça-feira, 4 de novembro de 2014

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Outros costumes

Conto pelos dedos das mãos os grupos de nacionalidade asiática com que trabalhei.
O ser humano é uma espécie só, mas não há dúvida que somos muito diferentes.
Hoje tive um grupo filipino e já me tinha esquecido de como é necessário trocar o chip e habituarmo-nos às necessidades deles.
Assim que chegou ao autocarro, o tour leader disse-me que o importante era o tempo das compras: "shopping, they want shopping, lots of shopping!"
Nunca fiz uma visita tão rápida a Lisboa. Páramos apenas na Torre de Belém e nos Jerónimos, e a visita deste foi em 15m só e apenas na Igreja. A pressão era tanta que me senti numa competição olímpica! Mas lá consegui fazer como me pediram. Por muito que toda esta pressa seja contra a minha forma de mostrar uma cidade, a verdade é que temos que lhes dar o que pedem. Para quê insistir em história se querem compras?
Tiveram quase duas horas de compras e penso que compraram Lisboa inteira. O regresso ao autocarro teve até direito a malas de viagem cheias!!!

Mas não é só na pressa que precisei de me adaptar. Ser alvo de câmaras fotográficas foi a outra novidade. Hoje fui actriz na passadeira vermelha, sem dúvida. Mesmo até enquanto explicava os Jerónimos, eles iam colocando-se ao meu lado, ou atrás de mim ou um passinho à minha frente, para tirarem fotos um a um, como se eu não estivesse ali ocupada a explicar. Quase que ri à gargalhada quando dei conta da situação!
Então agora com as novas Gopro e as respectivas "bengalas", as fotos não cessavam!

Mas pior, pior,  é mesmo a questão da limpeza...sons de arrotos, flatulências e afins soam a toda a hora. Embaraços? Nã!!! Não existe mesmo, pelo menos da parte deles.
Pena foi o estado em que ficou o autocarro, alguns, sem termos percebido comeram maçãs enquanto regressavamos ao cais... as cascas das maçãs estavam todas cuspidas no chão!

Diz-se que em Roma, sê romano, mas eu creio que os asiáticos, em Roma, continuam asiáticos!


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

"É tudo uma questão de boa disposição"

Domingo passado realizaram-se mais duas maratonas na cidade de Lisboa, e o destino escolhido para elas foi mais uma vez o centro da cidade de Lisboa, logo trânsito cortado.
Nesse mesmo dia, além do turismo normal, havia mais 3 barcos de cruzeiro atracados na cidade.
Quando me telefonaram a explicar qual seria o tour que iria realizar, alertaram-me que a circulação na cidade seria um tanto complicada, mas que conseguiríamos fazê-la.
Desde esse momento que comecei logo a mentalizar-me para não me importar com o que quer que fosse que encontrasse pela frente, afinal de que serve chatear-me com algo em que não posso mandar?

De manhã fui logo de sorriso nos lábios, cheia de vontade (até porque já tinha tido 3 dias de descanso e sentia-me com as energias recuperadas e, confesso, já com saudades do trabalho). Cheguei ao Cais, fui perceber como seriam os tais desvios que teríamos de fazer e falar com o motorista.
Sorte a minha, o senhor estava exactamente com o mesmo "mood" que eu.
Para começar, o grupo chegou ao autocarro já com atraso e eu e o motorista começamos a brincar a dizer que terminaríamos o tour no dia seguinte!
Ao ouvir esse comentário, um outro motorista, decidiu interromper começando a reclamar. Do nada o senhor zangado com a vida, provavelmente cansado desta época tão preenchida e com alguma vontade de ir para casa, despejou toda a sua raiva em nós: porque temos nós que dar mais tempo se existe um horário a cumprir, porque se realizam maratonas sempre no mesmo sítio, porque isto e porque aquilo.
Eu até percebo tudo o que ele comentou, mas porque há-de ele estragar a sua saúde e a dos outros com algo em que, infelizmente, não tem poder para mudar?

O seu colega, respondeu-lhe logo para se acalmar e que não valia a pena toda essa raiva, que mais valia ir fazendo e ir levando, porque nada de bom vem da queixa e da raiva: "já aprendi a não me chatear com isso, e porque havemos de tornar um tour mau e fazer com que todos andem chateados se podemos levar uma manhã na boa?"

Fiquei ainda mais feliz de ter tido a sorte de estar com um motorista tão bem disposto.

Quando o tour começou decidi avisar o grupo das maratonas, explicar que provavelmente teríamos de enfrentar algumas mudanças ao decorrer normal de uma visita em Lisboa, mas que não se preocupassem porque iríamos fazer tudo que estava no programa, acrescentei que o sol brilhava e estavam de férias, por isso: "sorriso nos lábios e vamos aproveitar, sim?"

Como correu o tour? Nunca apanhamos trânsito, conseguimos sempre estacionar, fizemos tudo o que estava no programa, os alemães sorriam e, mais incrível ainda, terminamos na hora prevista!
O outro senhor... enfrentou tudo e mais alguma coisa (tenho pena do colega que ía com ele), não há dúvida que a forma como gerimos as nossas emoções atrai o mesmo tipo de energias!

É que nesta profissão não vale mesmo a pena stressar, pois só complicará! E quando estivermos muito cansados, temos mesmo que saber dizer que estamos no limite, parar, afastar, para depois voltar, porque ninguém consegue trabalhar com pessoas se não estiver bem. Principalmente pessoas que estão de férias e que querem é ver sorrisos e alegrias, pois estão a fazer um intervalo nos problemas que possam existir nas suas vidas!



segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Fixar

Ive, um senhor francês nos seus 70 e poucos anos contava-me da sua vida enquanto esperavamos que o grupo regressasse do tempo livre.
A certa altura, a sua esposa surge no horizonte a subir a rua.
Esposa já há 50 anos.
Ele diz apenas assim:

"Sessenta quilos de amor e gentileza, quem seria capaz de não a amar?
Sabes Cátia, se quisermos, a vida é muito simples."


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Estas coisas acontecem II

Esta era uma manhã livre.
Tinha pensado em "dar um jeito" à casa e preparar o grupo seguinte.
Acordei um pouco mais tarde, mas assim que me levantei o telemóvel tocou: um grupo precisava urgentemente de Guia, já estavam a caminho de Belém, será que eu conseguia chegar lá em vinte minutos?

Cheguei.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

História da Rita Neto - há liberdades e liberdades

Na semana passada a Rita trabalhava com um grupo da Seguradora Liberty vindo dos Estados Unidos da América.
Ao descerem a Avenida da Liberdade em Lisboa, mal dissera em inglês "Liberty Avenue", a Rita foi interrompida com a seguinte observação:
"Ah, deram o nome à Avenida por causa da Liberty estar situada aqui ao lado?"

Se num primeiro instante, a reacção pode ser de estupefacção ou de riso, a verdade é que a realidade americana é diferente da europeia e que esta observação tem o seu sentido. Nos EUA existe a possibilidade de uma empresa, ou até mesmo de uma pessoa singular financiar a construção ou reconstrução de uma estrada, ponte, avenida, túnel, etc. Como agradecimento e homenagem, o local passa a ter o nome da tal empresa/pessoa que o financiou.

São os tais mundos no mundo. Esta profissão relembra-nos diariamente que: "todos diferentes, todos iguais" e quão importante é que saibamos falar, ouvir e entender.



Estas coisas acontecem

Ontem pela manhã, a agência liga-me a indicar o tour que iria fazer no dia seguinte.
Chegada a noite recebo uma nova chamada, devido ao mau tempo o navio cancelara a sua vinda a Lisboa.
É esta a rotina de um guia.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Mentes brilhantes - Portugal presente

Falar de um país não é só falar do seu passado, é também falar do seu presente e do seu futuro.
Deixo-vos exemplos de mentes pensantes e agitadoras do Portugal presente e futuro. Mentes que todos deveríamos olhar com orgulho e mostrar às gerações futuras, porque são estes os actos que importam e os exemplos que os mais novos deveriam seguir.

Ana Lima e a empresa Matter - aproveitar desperdícios da indústria agro-alimentar (como casca de arroz, borras de café e repiso de tomate) e transformá-los em objectos de design sustentáveis, como por exemplo uma cadeira.



Liliana Guerreiro reinterpreta a filigrana portuguesa, tornando-a mais minimalista. Este ano esteve presente no Museu de Arte e Design em Nova Iorque, a primeira portuguesa a conseguir tal feito.



SIMI - um grupo de jovens que cria as ementas digitais.



Algaplus - empresa estabelecida em Ílhavo que se dedica à produção de macroalgas marinhas com aplicação na indústria alimentar à cosmética.


Olga Afonso, investigadora do Instituto de Biologia Molecular e Celular do Porto, está entre os 10 melhores doutorandos do Mundo, sendo mesmo a única europeia. O seu estudo centra-se na divisão celular, tendo relevância para o conhecimento da vida e como ela se transmite.


Fonte: Jornal Público

domingo, 12 de outubro de 2014

Contas e mais contas!

Há meses em que não conseguimos respirar, nem dizer olá à família e amigos, logo fazer contas, preencher formulários, entregar facturas, torna-se missão impossível. Assim, ao fim de mês, mês e meio, naquele dia de intervalo, em que preferíamos fazer rigorosamente nada, lá ganhamos coragem e tiramos da carteira os quilos de papéis que temos. 
São facturas de refeições, táxis, bilhetes de entradas em monumentos, etc, etc, etc, de todos os grupos que passaram pelas nossas mãos.
Rezamos para que nada se tenha perdido e após uma forte inspiração, colocamos mãos à obra!

Calculo que a maioria de nós não goste nada desta parte da nossa profissão, porque se somos de letras e história, números deve ser o nosso lado mais fraco ;)

Ontem foi assim por aqui:


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Especiais

Em hora de ponta, a experiência de escolta policial num autocarro é... uma aventura a ter.


terça-feira, 23 de setembro de 2014

Vivências assim VI

:)






Olhos e lábios a sorrir, porque sei que as pessoas levam estes momentos no coração.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

História da Joana Moreira - Rituais iniciáticos

Cenário: Poço da Regaleira
Personagens: 2 Guias Intérpretes e 80 turistas vindos de diversos países

Take 1:
O grupo descia o poço. Como eram muitos, eu fui na frente, guiando-os pelos túneis, posicionando-me depois num ponto estratégico, para que se dirigissem à saída correcta de modo a não perdermos ninguém do grupo. A Joana iria no final, para que ao vê-la eu soubesse que o grupo estava completo. Assim, fui vendo o  grupo passar. Oitenta pessoas fascinadas por todo aquele cenário demoram algum tempo a percorrer os túneis. Mas ao fim de alguns minutos e do fluxo ter diminuído comecei a estranhar não ver a Joana. Até porque a contagem estava praticamente completa.
Já um pouco preocupada, decidi voltar atrás e descobrir o que se passava. Estaria alguém magoado? Perdido? A própria Joana?

Take 2:
Chego à porta do poço, olho para as escadas, e a primeira coisa que vejo é uma mulher que tem algo nos olhos! "Alguém vendou os olhos? Estou mesmo a ver isto?", pensei!
A seguir vejo a Joana, a caminhar muito lentamente, a descer as escadas de costas, com um ar um pouco aflito, de braços estendidos e a parecer que guiava alguém.
Pisco os olhos, revejo a cena, e pensei: "não pode ser verdade?"

A explicação da Regaleira envolve muitas teorias, uma das que aprendi enquanto aí estagiei, foi que o iniciado teria que ir de olhos vendados, descendo o poço, para assim descobrir a saída correcta. A saída que conteria água, para morrer e nascer de novo. Apurando todos os outros sentidos, incluindo a intuição.

A rapariga, decidira fazer a iniciação.
Conta a Joana que quando a viu tapar os olhos, tentou tudo por tudo que ela não levasse a ideia avante. Mas não conseguiu. Assim, a Joana, optou pela hipótese mais segura, não deixar a rapariga sozinha, porque se ela caísse, de certeza que rapidamente esqueceria que tinha sido ela própria a ter essa ideia fenomenal e culparia as guias, ou quem sabe a própria Regaleira (já que a sua nacionalidade é daquele país em que se consegue até processar uma formiga, se assim for preciso!) por se magoar seriamente.

E assim foi, a Joana e a "iniciática", a descer o poço, a percorrer o túnel.
Rapidamente a notícia espalhou-se e o resto do grupo esperava ansiosamente que ela passasse as pedras sobre a água, também de olhos vendados, mas a Joana lá a convenceu que não seria necessário!

Take 3:
A rapariga sentia-se realmente renovada.
Todos os outros estavam incrédulos. Tenho a certeza que foi motivo de conversa por longas horas e dias.
A Joana merecia um prémio pela sua paciência!
Eu, só queria rir. E só ouvia: "Os Guias realmente têm que ter uma paciência!!!!"


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Redescobrir Óbidos

Para todos aqueles que acham que já viram a vila muralhada, de casinhas brancas com janelas e portas coloridas, de fachadas floridas e ginja servida em copos de chocolate, Óbidos tem vindo a crescer e a mudar.
Depois do Festival de Chocolate, dos Concertos de Música ao ar livre, de se perceber que é o cenário ideal para tantas Feiras Temáticas, Óbidos não pára de transformar-se.

O mais recente projecto, deixa os olhos a brilhar e a mente a fervilhar: ser a Vila Literária, com a abertura de 8 livrarias. Espalhadas pela Vila, em espaços que adquirem um novo respirar, ou até fora de portas, portugueses e estrangeiros não resistem a comprar um livro.

Aqui ficam duas das minhas favoritas:

A Livraria com Mercado Biológico



E a Livraria Santiago, na antiga Igreja




E fora das muralhas? Já percorreu os encantos da Lagoa? Um espaço ecológico de enorme importância e de uma beleza inegualável.



Vá redescobrindo Portugal!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Momentos glamorosos!!!!

Encontrei-me com o grupo no centro da Vila de Sintra. O autocarro parou, eu entrei e seguimos para o Palácio da Pena. Sorri, apresentei-me, mas achei as carinhas muito desanimadas. Pensei que por ser cedo ainda.
Lá fomos subindo a serra, curva contra curva, chegando minutos depois ao nosso destino.
Saímos e pedi para esperarem um pouco enquanto iria comprar os bilhetes. Um deles chama-me, coloca uma questão, o outro uma observação e nisto vejo 5, não 1, nem 2, mas 5 pessoas do grupo, virarem-se para a parede da entrada do palácio e... vomitarem!
Vim a saber depois, que no dia anterior a festa tinha sido longa! 
O ponto bom, foi terem conseguido aguentar até o autocarro parar!
Mas esta situação relembrou-me os momentos glamorosos desta profissão, porque esta não é a primeira, nem será a última vez, que terei de lidar com vomitados!

Após jantares, quantas foram as vezes em que já pedi aos motoristas para pararem o mais rápido possível, para que alguém salte do autocarro e vomite praticamente nos seus próprios pés.
Lembro de uma vez, em que a pessoa aguentou até ao último segundo, e eu aflita só repetia "por favor páre o autocarro e abra já a porta". Nunca esquecerei, o autocarro ainda a travar, a porta já a abrir e aquele som, sobre a minha cabeça, a pessoa (coitada) a querer voar e a projecção pelo ar. Juro que pensei que seria a primeira vez que tomaria "um banho"! Mas safei-me!

Ou em casos de curvas e más-disposições alimentares, em que a pessoa adoentada, sentada no banco mesmo por trás do do guia, agarrada a um saco, vai vomitando pelo dia fora. E aquele som com os sacos a passarem, fazem parte de um dia lindo pelo Portugal pequenino!

Eu ainda não tenho filhos, mas acreditem, que por vezes parece que sim, e são logo aos 30 e 40 de uma vez!


terça-feira, 2 de setembro de 2014

História da Sandra Nascimento - Preguiças...

A caminho do aeroporto, no transfer de saída do grupo, um senhor brasileiro sentado mesmo atrás da Sandra, comenta o seguinte:
 - "Português é mesmo preguiçoso, né?"
A Sandra curiosa decide perguntar porquê.
Resposta: - "Ora, aí na faixa do ônibus, em vez de escrever ônibus, só escreve bus. É para não gastar tanta tinta, é?"


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Lisbon Lovers

É com muito entusiamo, alegria e satisfação que A Teia da Guia está presente no site da Lisbon Lovers.
Todos os meses um artigo, espreitem!
Cliquem no separador LisbonLovers e encontram-me no Lisbonlovers como tu.

http://lisbonlovers.com//

http://144.76.185.205/~lisbonlo/page.php?p=73&fb_action_ids=10201711791351071&fb_action_types=og.likes




Aguardo as vossas opiniões.

domingo, 24 de agosto de 2014

Duas paixões

Há uns dias tive um tour perfeito, pois aliou duas das minhas paixões: o trabalho e Método DeRose. 
O tour de Lisboa terminou com uma surpresa para o grupo: uma aula do Método DeRose nos jardins de Belém. 80 pessoas, muitas delas a experimentarem pela primeira vez, aderiram de uma forma incrível. Desafiaram-se, riram e levaram de Lisboa uma recordação ainda mais especial. 
O passeio ficou assim mais leve e descontraído para este tipo de grupo.
 A recompensa: pastéis de Belém ehehehe adorei!



sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A "Copa" do Mundo para mim foi assim

Conhecer pessoas novas, daquelas que sabemos que vão ficar para a vida. Rever pessoas antigas, daquelas que nos fazem sorrir. Trabalhar muito, improvisar, não dormir, rir, respirar para não stressar, pasmar, apoiar, e ter a sorte de ter como responsabilidade um grupo maravilhoso.
13 pessoas que ganharam esta viagem nos mais diversos concursos. Pessoas que estavam agradecidas pela oportunidade, que nunca reclamaram, que sempre sorriram, que tudo facilitaram, tornando a experiência perfeita (ao contrário daqueles que são convidados pela enésima vez). 
No dia da despedida, vê-los a trocar emails entre eles, a combinaram visitas futuras nos diferentes países onde moram, a entregarem um papel com os seus contactos, deixou-me de sorriso bem largo.