Uma dica para amanhã:
http://lisboa.lecool.com/event/monolito-pedro-vaz/
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Portugal nos Oscars
O português Gonçalo Jordão integra a equipa que ganhou um dos Oscars: o de "Melhor Cenografia" no filme "Grand Budapest Hotel".
Gonçalo Jordão, tem 41 anos, vive no Alentejo e é especialista em pintura decorativa, tendo trabalhado as pinturas dos murais com paisagens da Bavaria para o "lobby" do hotel.
Já André Carrilho, cartoonista já falado aqui na Teia da Guia, foi convidado a fazer um mural de 6x3m com cartoons de 25 nomeados para a festa da Vanity Fair.
Gonçalo Jordão, tem 41 anos, vive no Alentejo e é especialista em pintura decorativa, tendo trabalhado as pinturas dos murais com paisagens da Bavaria para o "lobby" do hotel.
Já André Carrilho, cartoonista já falado aqui na Teia da Guia, foi convidado a fazer um mural de 6x3m com cartoons de 25 nomeados para a festa da Vanity Fair.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
A importância de um Guia-Intérprete
Dizem as notícias que 2014 foi um ano fantástico para o Turismo.
Lisboa está na moda, Portugal é cada vez mais falado. A cada mês que passa há sempre mais um novo hotel, um novo restaurante, bar e atracção. Surgem ideias novas, negócios novos e cada vez mais pessoas desejam estar envolvidas neste sector que tanto parece que lhes vai trazer fortuna.
No meio de tudo isto, surge uma questão: quantas destas pessoas são qualificadas para o que este sector exige?
Não sou daquelas pessoas que acha que um diploma é sinal de um bom profissional, mas acho que deve haver algum controlo de qualidade, pois caso contrário, porque andamos todos ainda a tirar cursos? Porque precisamos do curso de História se podemos ler os livros em casa? Ou do de Advocacia, se decidirmos ler os decretos-leis? Ou o de Designer, se até temos tutoriais no youtube?
Estou a levar ao exagero, mas na verdade é com o que me deparo em relação à minha profissão. Todos acham que podem ser Guias!
Sei que as pessoas podem ser muito apaixonadas pela sua cidade e que vivendo em Portugal, conhecem a nossa realidade e podem explicá-la, podem até ser muito simpáticas a lidar com os outros, mas e depois? A história da cidade e do país? O que fazer se de repente esse turista cai e parte um pé? E se for assaltado? E se subitamente ele decide que quer ir visitar Pedrógão Grande?
Nos últimos anos tenho visto tantas pessoas fora da área do turismo a trabalhar como Guias, mas é curioso como em momentos de aperto, rapidamente todos dizem: "atenção eu não sou Guia." Já assisti mesmo ao início de uma visita a pé onde a pessoa apresentou-se logo como não sendo guia. Porque será? Se afinal ser Guia é assim tão acessível e simples, porque necessitam as pessoas de dizer essa frase? Porque necessitam dessa protecção? Será afinal assim tão fácil substituir um Guia licenciado?
Espero que as agências e todas as empresas que trabalham com Guias não esqueçam a importância da licenciatura e que se lembrem que aquilo que são, e a posição que têm no mercado é resultado, em grande parte, do papel do Guia. Porque se é necessário que haja um trabalho fantástico em escritório, quando o grupo chega é necessário que a pessoa que mostra o país e que os acompanha seja a continuação desse trabalho. É que ultimamente tenho assistido a situações em que fica tão difícil não intervir e só penso que a imagem de Portugal ou da cidade aos poucos vai ficando menos brilhante.
Deixo-vos alguns exemplos do que já ouvi e assisti:
- falarem apenas dos pontos negativos do país
- um discurso de 15 minutos sobre o nível elevado de violência em Portugal, dando como exemplo, a morte de pessoas em festivais (não imaginam a expressão das pessoas após este comentário), isto perante um grupo considerado VVIP
- que a ponte vermelha sobre o rio é chamada... 24 de Abril
- um turista a quem roubaram o passaporte e o informam que não precisa de fazer nada, que pode ir para o aeroporto assim mesmo, sem qualquer identificação e viajar
- pedir a um cliente que já pagara antecipadamente as refeições do grupo, que pague novamente.
- ...
Lisboa está na moda, Portugal é cada vez mais falado. A cada mês que passa há sempre mais um novo hotel, um novo restaurante, bar e atracção. Surgem ideias novas, negócios novos e cada vez mais pessoas desejam estar envolvidas neste sector que tanto parece que lhes vai trazer fortuna.
No meio de tudo isto, surge uma questão: quantas destas pessoas são qualificadas para o que este sector exige?
Não sou daquelas pessoas que acha que um diploma é sinal de um bom profissional, mas acho que deve haver algum controlo de qualidade, pois caso contrário, porque andamos todos ainda a tirar cursos? Porque precisamos do curso de História se podemos ler os livros em casa? Ou do de Advocacia, se decidirmos ler os decretos-leis? Ou o de Designer, se até temos tutoriais no youtube?
Estou a levar ao exagero, mas na verdade é com o que me deparo em relação à minha profissão. Todos acham que podem ser Guias!
Sei que as pessoas podem ser muito apaixonadas pela sua cidade e que vivendo em Portugal, conhecem a nossa realidade e podem explicá-la, podem até ser muito simpáticas a lidar com os outros, mas e depois? A história da cidade e do país? O que fazer se de repente esse turista cai e parte um pé? E se for assaltado? E se subitamente ele decide que quer ir visitar Pedrógão Grande?
Nos últimos anos tenho visto tantas pessoas fora da área do turismo a trabalhar como Guias, mas é curioso como em momentos de aperto, rapidamente todos dizem: "atenção eu não sou Guia." Já assisti mesmo ao início de uma visita a pé onde a pessoa apresentou-se logo como não sendo guia. Porque será? Se afinal ser Guia é assim tão acessível e simples, porque necessitam as pessoas de dizer essa frase? Porque necessitam dessa protecção? Será afinal assim tão fácil substituir um Guia licenciado?
Espero que as agências e todas as empresas que trabalham com Guias não esqueçam a importância da licenciatura e que se lembrem que aquilo que são, e a posição que têm no mercado é resultado, em grande parte, do papel do Guia. Porque se é necessário que haja um trabalho fantástico em escritório, quando o grupo chega é necessário que a pessoa que mostra o país e que os acompanha seja a continuação desse trabalho. É que ultimamente tenho assistido a situações em que fica tão difícil não intervir e só penso que a imagem de Portugal ou da cidade aos poucos vai ficando menos brilhante.
Deixo-vos alguns exemplos do que já ouvi e assisti:
- falarem apenas dos pontos negativos do país
- um discurso de 15 minutos sobre o nível elevado de violência em Portugal, dando como exemplo, a morte de pessoas em festivais (não imaginam a expressão das pessoas após este comentário), isto perante um grupo considerado VVIP
- que a ponte vermelha sobre o rio é chamada... 24 de Abril
- um turista a quem roubaram o passaporte e o informam que não precisa de fazer nada, que pode ir para o aeroporto assim mesmo, sem qualquer identificação e viajar
- pedir a um cliente que já pagara antecipadamente as refeições do grupo, que pague novamente.
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sábado, 21 de fevereiro de 2015
Dia do Guia Intérprete Nacional
"Dia 21 de fevereiro, comemora-se o Dia Internacional do Guia Intérprete. Para celebrar a data, os profissionais da área vão oferecer visitas guiadas a pé ao longo do dia. Fique a conhecer melhor o bairro da Mouraria, a zona da Baixa ou uma das zonas mais cosmopolitas de Lisboa, o Chiado. Se está pelo Norte, perca-se com os guias pelas ruas históricas do Porto. Começa às 11h00 e termina às 16h00, a todas as horas e a começar e terminar na Praça do Rossio.
No Porto haverá apenas duas visitas, às 10h00 e às 15h00, com ponto de encontro na Praça da Liberdade."
http://www.lifecooler.com/artigos/vistas-guiadas-no-dia-do-guia-interprete/19148/
No Porto haverá apenas duas visitas, às 10h00 e às 15h00, com ponto de encontro na Praça da Liberdade."
http://www.lifecooler.com/artigos/vistas-guiadas-no-dia-do-guia-interprete/19148/
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Le Cool Lisboa
Porque a vida é feita de desafios, de caminhos e aventuras, decidi embarcar em mais uma.
Quando lerem a Le Cool Lisboa, vão passar a encontrar artigos escritos por mim.
Deixo-vos os dois primeiros:
http://lisboa.lecool.com/event/viagem-na-pintura-pensamento/
http://lisboa.lecool.com/event/aula-de-danca/
"Le Cool Lisboa é um magazine semanal distribuído gratuitamente a cada quinta-feira que apresenta uma selecção de eventos culturais e actividades de lazer, mostrando-te as coisas que realmente não deves perder."
Acedam ao site se quiserem subscrever a revista:
http://lisboa.lecool.com/
Quando lerem a Le Cool Lisboa, vão passar a encontrar artigos escritos por mim.
Deixo-vos os dois primeiros:
http://lisboa.lecool.com/event/viagem-na-pintura-pensamento/
http://lisboa.lecool.com/event/aula-de-danca/
"Le Cool Lisboa é um magazine semanal distribuído gratuitamente a cada quinta-feira que apresenta uma selecção de eventos culturais e actividades de lazer, mostrando-te as coisas que realmente não deves perder."
Acedam ao site se quiserem subscrever a revista:
http://lisboa.lecool.com/
Vivam Lisboa! Vivam a vida, respirem, toquem, sintam!
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
A volatilidade da agenda
Uma das perguntas frequentes sobre a minha profissão é se não tenho medo da inconstância de trabalho.
Hoje acordei e tinha um email a cancelar-me um serviço que há umas semanas atrás me tinham dito estar mesmo confirmado. Pois... afinal o cliente mudou o programa e aquele dia não vai mais acontecer.
Há uns dias recebi um outro email em que um grupo passara de Março para Maio, o cliente repensara as datas.
E a agenda lá vai andando para trás e para a frente.
Sim, há momentos em que olho para o calendário e interrogo-me como será o ano, como será o próximo mês. Mas a verdade, é que nesta profissão não podemos deixar que esse medo nos vença, senão vamos desistir. Temos sempre que acreditar que hoje, neste momento, amanhã, depois de amanhã, alguém mais está a planear vir a Portugal e por isso o nosso telefone vai tocar, e vai surgir trabalho.
Quantas foram as vezes em que parecia que ía ficar 15 dias em casa e subitamente 3 agências telefonam para as mesmas datas?
Ou quantas foram as vezes em que há cancelamentos?
O que me descansa sempre é que acredito que há balanço, e que se hoje tira daqui, amanhã aparecerá ali.
Hoje acordei e tinha um email a cancelar-me um serviço que há umas semanas atrás me tinham dito estar mesmo confirmado. Pois... afinal o cliente mudou o programa e aquele dia não vai mais acontecer.
Há uns dias recebi um outro email em que um grupo passara de Março para Maio, o cliente repensara as datas.
E a agenda lá vai andando para trás e para a frente.
Sim, há momentos em que olho para o calendário e interrogo-me como será o ano, como será o próximo mês. Mas a verdade, é que nesta profissão não podemos deixar que esse medo nos vença, senão vamos desistir. Temos sempre que acreditar que hoje, neste momento, amanhã, depois de amanhã, alguém mais está a planear vir a Portugal e por isso o nosso telefone vai tocar, e vai surgir trabalho.
Quantas foram as vezes em que parecia que ía ficar 15 dias em casa e subitamente 3 agências telefonam para as mesmas datas?
Ou quantas foram as vezes em que há cancelamentos?
O que me descansa sempre é que acredito que há balanço, e que se hoje tira daqui, amanhã aparecerá ali.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Um Português em Berlim
Ora ouçam:
Purple, um português em Berlim, a criar remixes bons para o ouvido
https://soundcloud.com/purplepurplepurple
Purple, um português em Berlim, a criar remixes bons para o ouvido
https://soundcloud.com/purplepurplepurple
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
E lá vamos nós no famoso eléctrico
O eléctrico será para sempre um ex-libris de Lisboa.
Mais um grupo e mais um passeio de eléctrico acompanhado de vinho do Porto e Pastéis de Belém.
Se o primeiro grupo era mais contido, já o segundo celebrou "como deve ser"!
O guarda-freio disse-me que este ano foram feitas mais exigências pela parte da Carris para que houvesse mais controle policial. E realmente eu vi polícia naquelas paragens mais problemáticas.
Espero que sim, que seja um ano em que teremos de "salvar" menos turistas.
Terminado o tour, desci por Alfama.
Por muito que passe nestas ruelas, o encanto não passa.
Estava frio, mas o sol brilhava e o passarinho cantava.
Mais um grupo e mais um passeio de eléctrico acompanhado de vinho do Porto e Pastéis de Belém.
Se o primeiro grupo era mais contido, já o segundo celebrou "como deve ser"!
O guarda-freio disse-me que este ano foram feitas mais exigências pela parte da Carris para que houvesse mais controle policial. E realmente eu vi polícia naquelas paragens mais problemáticas.
Espero que sim, que seja um ano em que teremos de "salvar" menos turistas.
Terminado o tour, desci por Alfama.
Por muito que passe nestas ruelas, o encanto não passa.
Estava frio, mas o sol brilhava e o passarinho cantava.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Coisas boas da Época baixa #2
Alguns colegar contribuíram para a maravilhosa lista das "coisas boas da época baixa".
Como creio que todos nós, guias, nos identificamos com a grande maioria delas, decidi partilhar convosco:
Passar um dia inteiro a falar Português
Visitar os locais em que trabalhamos sem preocupações profissionais
Não saber do crachá
Passar por excelentes restaurantes e pensar (só mesmo a trabalhar é que conseguirei aqui vir)
Dormir até fartar sem sobressaltos de pensar que se perdeu a hora
Poder combinar saídas com os amigos sem olhar para o relógio
Enroscar no sofá durante o tempo frio
Como creio que todos nós, guias, nos identificamos com a grande maioria delas, decidi partilhar convosco:
Passar um dia inteiro a falar Português
Visitar os locais em que trabalhamos sem preocupações profissionais
Não saber do crachá
Passar por excelentes restaurantes e pensar (só mesmo a trabalhar é que conseguirei aqui vir)
Dormir até fartar sem sobressaltos de pensar que se perdeu a hora
Poder combinar saídas com os amigos sem olhar para o relógio
Enroscar no sofá durante o tempo frio
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