sexta-feira, 31 de maio de 2013

História da Matilde Mendes - Pirinéus ou Pigmeus?

A Matilde ía com o seu grupo de brasileiros a atravessar os Pirinéus. No meio da informação que dava sobre essa cordilheira informou que os Pirinéus no seu ponto mais alto têm 3404m.

Eis quando uma senhora a interrompe:
- Matilde? Você está certa no que está dizendo? Os Pigmeu? Os Pigmeu tem 3000m de altura? Isso não está certo não, eu sempre ouvi dizer que os Pigmeu são gente pequena!!!!!!


E esta hein????

Que o vosso fim de semana seja cheio de gargalhadas

terça-feira, 28 de maio de 2013

História do Filipe Alves - "é aqui que é o shuttle?"

Dia de cruzeiro em Lisboa, com tours de manhã e de tarde.

Cheguei ao cais para o tour da tarde, recebi a ordem de serviço, dirigi-me ao autocarro e os clientes começaram logo também a chegar. Não tive tempo para abrir sequer o envelope e ler a descrição do tour. Comecei logo a recolher bilhetes, responder a perguntas, chamar o motorista. A azáfama parou um pouco quando tive de aguardar os poucos que faltavam. Nesse momento abri finalmente o envelope para ver como seria o tour.
Espanto: tour de Lisboa em alemão e italiano!
Pois bem, eu não falo italiano!
Fui o mais rapidamente possível ter com a responsável da agência para perguntar se seria um erro ou se era mesmo assim e o que é que deveriamos fazer?
Caos - era mesmo assim. Naquele momento, não havia um único colega que falasse as duas línguas. Como iriamos resolver?
Começaram os telefonemas a tentar descortinar um guia em 2 minutos quando... aparece o Filipe.

O Filipe terminara o seu tour, entregara todas as suas coisas e procurava o shuttle. Aproximou-se do meu autocarro e perguntou: "é aqui o shuttle para o centro? Posso ir de boleia?". O Filipe tinha finalmente uma tarde livre e queria ir descansar!
Pobre Filipe, em 30 segundos, sentiu uma mão no ombro e uma voz que lhe dizia:
 - Filipe, entre aí e comece o tour de Lisboa com a Cátia. Ela fala o alemão e o Filipe o italiano!
Dizendo isto, saiu de perto de nós.

O Filipe nem tinha percebido o que lhe tinha acontecido e eu só conseguia rir!

Um autocarro cheio, eu no banco do guia, o Filipe sentado no degrau (a arriscarmos várias multas da polícia) e começamos um tour em que adivinhámos mais ou menos o que cada um disse, a tentar que a informação fosse o mais semelhante possível, não fosse estar alguém no autocarro que entendesse as duas línguas.

Sempre que nos vemos rimos muito. E foi assim que fiquei a conhecer o Filipe.

Quando pessoas de outra profissão me dizem que é um abuso pedirem-lhes para ficar mais 5 minutos no trabalho, eu penso nesta situação (entre muitas outras). Os guias e os amigos dos guias aprendem que em 2 minutos todo o horário disponível do guia muda, porque como é que vamos deixar um tour pendurado, sabendo como isso iria prejudicar uma agência, mesmo que o que mais nos apeteça é ir descansar para casa ou ir fazer aquela coisa que estava combinada com certa pessoa?
É por atitudes assim que acho que por vezes os guias deveriam ser uma bocadinho mais valorizados ;)


sábado, 25 de maio de 2013

tejo que tanto confundes

Pergunta:

"- A discoteca Lux fica deste lado da ilha?"

(por momentos pensei que ainda estava a trabalhar em Manhattan!!!)

terça-feira, 21 de maio de 2013

mundos encantados

Os mundos encantados vêm de dentro de nós, já pensaram nisso?

Na Ler Devagar entre as sextas e os domingos ao fim do dia, encontram no último piso o Sr Pietro - um Sonhador!
O Sr Pietro cria um mundo de encantar através de objectos diários, partidos, esquecidos, reutilizados.
Máquinas que vêm do seu sentir, do seu imaginar, do seu sonhar.

Vão até lá! Ele fala italiano e português naturalmente, fala francês com gosto e inglês com esforço :)




Se forem até lá nos próximos dez dias, encontram também uma exposição colectiva.
Aqui está o Miguel com  as suas obras e o Sr Pietro que foi até lá espreitar.


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Falar com as mãos

No outro dia estava no passeio à espera de atravessar a estrada e aproximou-se um autocarro de turismo.
A colega que ía a falar no banco do guia, gesticulava e apontava para o monumento que se aproximava.
Sorri, porque pensei que os guias devem ser todos iguais.
É impossível, mesmo sentado no banco da frente, sabendo que ninguém nos vê, não gesticularmos e apontarmos e explicarmos com as mãos!

...tão bom...

:)


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Prazeres

No alto da colina ocidental de Lisboa, com uma vista magnífica sobre a cidade, existia uma quinta chamada Prazeres!
Em 1833 deu-se um surto de cólera. Centenas de pessoas faleceram e tornou-se urgente criar um grande cemitério. Assim, no espaço dessa antiga quinta, surgiu o cemitério que ficou com o mesmo nome.
Este lado da cidade era habitado maioritariamente por gente ilustre da sociedade lisboeta, daí, ter-se tornado o cemitério de tantas personagens importantes da nossa história: artistas e homens de feitos sociais e políticos. 
Aqui encontram-se também os talhões privativos da PSP e do Regimento de Sapadores dos Bombeiros.

À partida pode parecer estranho visitar cemitérios, mas a verdade é que os jazigos e sepulturas são verdadeiras obras de arte, cheias de simbolismo e beleza. Em muitas cidades, faz já parte do roteiro turístico o cemitério. Lisboa também tem um bom exemplo. Porque não torná-lo mais visível e reconhecido?
Existe já a possibilidade de visitas guiadas, desde que com marcação prévia. No entanto, acho que falha não haver um prospecto e uma informação mais acessível para quem chega individualmente. 
Deixo-vos alguns exemplos do que por lá podem encontrar.

                                      Marquês de Valle-Flor - praticamente um palácio...

                                                        Sousa Viterbo



                                                  símbolos...



                                              ou a simplicidade de uma casa! moradia eterna!

                                                          Vida :)  gatinhos bébés

No gavetão 29 encontra-se o "dono" destas palavras:

"Faz-me o favor...

Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és nao vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor -- muito melhor!--
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê."

.cesariny                       

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Humildade ou Coragem

O ser humano tem características muito confusas, que para mim são apenas sinal de medo de sermos quem somos. Ninguém sabe tudo, ninguém é perfeito e ninguém tem que o ser. Não sei porque passamos centenas de anos a incutir isto na cabeça das pessoas, sobretudo aos homens.

Nesta profissão deparamo-nos constantemente com cidades novas, museus novos, restaurantes novos, estradas novas... É impossível conhecer-se todos os locais que nos aparecem nos programas.
Desde o primeiro dia tive sempre a coragem ou a humildade de, ao deparar-me com algo que não conheço, dizer que não sei e tentar descobrir como chegar lá. Seja a perguntar ao motorista, ao colega, ao namorado, ao amigo, ao pai, à mãe, à internet, ao project manager do programa. 
Quando estamos perante um local que não conhecemos e não sabemos como ir para lá, nada tem de humilhante perguntar. O tentar descobrir e ver se temos a sorte de não errar, leva na maioria das vezes a que se erre. É muito pior ter o grupo a andar perdido, que ter perguntado primeiro.

Continuo sem entender os motoristas que não sabem caminhos e não têm a coragem de o dizer. Pensar que o motorista sabe o caminho, significa poder ir descansada e completamente absorta nas minhas explicações. Quando ele não sabe ou até quando ambos não sabemos, já sei que tenho que ir no modo da explicação, mas completamente atenta ao caminho para ver se chegamos a bom porto sem erros. E isso não tem problema nenhum. Porque eu não sei tudo e trabalho de equipa é trabalho de equipa.
O pior é achar que o motorista sabe, ir absorta na explicação e subitamente perceber que estamos no sítio errado! Ou situações em que os motoristas vão sozinhos e não dizem que não sabem caminhos e não temos forma de os orientar. 
Exemplo: grupo grande, um autocarro acaba por ir sem guia, porque a guia teve que ficar no aeroporto a ajudar uns clientes com malas perdidas, o motorista não sabis como ir ter ao hotel mas optou por não o confessar quando foi perguntado a todos se sabiam o caminho para o hotel, de modo a que arranjassemos estratégias para ajudar quem não sabia (como colocar uma guia que sabe com um motorista que não sabe e vice-versa, ou fazer sair 2 autocarros ao mesmo tempo de modo a que o que sabe vá na frente e o outro tenha simplesmente que o seguir...). Havia tantas oportunidades de termos contornado essa situação.
Mas não, por vergonha, nada disse e foi preferível ter passado 3 vezes em frente ao hotel sem perceber onde era a entrada, ter levado o dobro do tempo do resto do grupo e ter criado como primeira impressão aos clientes a ideia de que foram entregues a uma organização incapaz!

Não há mal nenhum em dizer-se que não se sabe, seja em que situação for.
É assim tão difícil aceitarmos isto?

quarta-feira, 8 de maio de 2013

esperança

"É pena que os portugueses estejam a passar por este momento difícil. O vosso país é tão bonito e vocês são tão simpáticos e cheios de ideias inovadores. Isto não é mais do que o resultado de uma invenção de uma crise para que os mesmos fiquem mais ricos. Mas eu sei que o povo, não só o português, está a perceber e não vai deixar que isto dure. A revolução está a caminho.
Sabes, vou comprar uma casa em Portugal para a semana, ali para os lados de Setúbal"

 - belga