quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A nocturna

A nocturna é um serviço que tem muito que se lhe diga!
Se por um lado parece a coisa mais simples do mundo, por outro é bem trabalhosa.

Imaginemos que já passamos o dia todo a trabalhar e que a nocturna é apenas a continuação desse dia.
Mas imaginemos que o dia foi passado em casa e é às 18h00 que têm de sair de casa para trabalhar. Naquele momento em que a vossa família está a voltar a casa, naquele momento em que faz mais frio lá fora.
Nestas alturas penso sempre em tantas profissões que têm um horário tão fora do normal e a quem por vezes não damos o valor: o padeiro, o radialista, o lixeiro, o instrutor de ginásio, etc

Mas como se gosta do que se faz, dá-se um clic e sorriso no rosto: vamos trabalhar.

A nocturna pode ser simples: chegar, panorâmica, jantar, regressar.
Mas a nocturna pode complicar... e muito: chegar, o grupo atrasar-se, o grupo querer mudar o lugar do jantar, haver mais pessoas para o jantar, acontecer um acidente, ter que atrasar no caminho até ao restaurante, ninguém nos querer ouvir, mudarem pedidos de menús, mudarem os vinhos, vegetarianos que não o são mais, carnívoros que subitamente são vegetarianos, beberem demais, alguns quererem sair mais cedo, outros quererem táxis para continuarem a noite noutro lugar, alguém cair, um rato aparecer, a noite com DJ afinal prolongar-se por mais duas horas, regressar, ter que parar a meio caminho porque é preciso vomitar, porque é preciso um wc!
E tantas outras aventuras!
Tantas horas ao frio, debaixo de cacimba, por madrugadas a dentro.

Mas, se eu gosto de nocturnas!!!
Muitas delas são em locais magníficos, com decorações fantásticas, com refeições deliciosas e com pessoas simpáticas.
A melhor parte, é quando a equipa que está a trabalhar, ajuda a passar essas horas da melhor forma.

E ontem, foi um bom exemplo.

Este era um grupo jovem, muito bem vestido, muito feliz e cheio de vontade de celebrar um ano magnífico para a sua empresa.


A noite foi longa, mas em óptima companhia. E no meio dos afazeres, a equipa conseguiu recordar uma boa noite de trabalho assim:


Que venham muitas mais!


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O nosso Portugal #2

Hoje deixo-vos os Açores.
Essa ilha que por vezes parece tão distante do Continente, mas que é tão bonita, tão única e tão autêntica.
Adoro as cores e a vida que imagino nesta rua.

Ilha Terceira, Freguesia de Santa Bárbara

Ida Pinheiro, obrigada por partilhares connosco.
Se quiserem ver mais fotos da Ida, acedam aqui:

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

As saudades que eu já tinha

A época é ainda baixa, mas com sorte surge um grupo ou outro.
As pessoas que chegam são novas, mas tantas das observações são as antigas.
E é aí que relembro que nós somos mesmo muitos neste mundo. Somos milhões de milhões de milhões. Por muito que pareça que tanta gente está a chegar ao nosso Portugal, há tanta gente mais para vir. E aprender. E perceber. E levar boas memórias de cá.

Neste grupo havia muitos americanos e lá ouvi aqueles comentários de espanto:

"I always thought that Portugal was a part of Spain!"

"Mas vocês percebem brasileiro? O que é que é mesmo a vossa língua? Vem do brasileiro?"

e aí lentamente se desenrola todo um novo passar de ensinamento que me faz muito feliz!




Déjà Lu - Livraria Solidária

A Déjà Lu é um sítio de leilões de livros em segunda mão cujas vendas revertem 100% e de forma directa para a APPT21 e para o Centro de Desenvolvimento Infantil DIFERENÇAS.

Para saber mais e ajudar aceda à página de facebook:

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E em breve poderá visitá-los ao vivo em Cascais.


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Existir

"as pedras nunca enganaremos, elas sabem que existem por outros motivos, e talvez suspeitem, que o nosso desejo de falar seja só um modo menos desenvolvido de encarar a evidência de existir."
 - Valter Hugo Mãe

                                            (foto: À la Dérive)

domingo, 4 de janeiro de 2015

O primeiro tour de 2015

Dia 2 de Janeiro de 2015, os primeiros navios atracaram em Lisboa.
O Turismo é mesmo uma indústria, do low cost ao hiper-luxo, é inevitável, está presente, em cada canto, em cada dia do ano, 2 de Janeiro parecia um dia de Agosto, excepto o frio.
Curiosamente as pessoas que escolheram esta data para viajar estavam estupefactas com a movimentação e perguntavam porque não ficavam as pessoas em casa, perguntavam onde está o reflexo da crise de que tanto se fala e ouve falar.
Eu pensava: se vocês estão aqui, viajando, porque não podem os outros estar? É tão curioso como o ser humano raramente se observa. Ele vê-se como algo único e julga o outro, mas nem percebe que tantas vezes faz o mesmo que o outro. Como viajar neste dia, o 2 de Janeiro!

O meu tour incluiu Queluz, Sintra e Lisboa, tudo num só dia, com temperaturas muito frias. Dividi o autocarro com uma colega, ela com o seu grupo italiano e eu com um grupo em inglês, que de ingleses nada tinham. Cada casal ou família, uma nacionalidade diferente, da Rússia até à Venezuela.
Após um mês de Dezembro já passado em casa (o início da época baixa), este tour serviu para recordar o quanto gosto de trabalhar, mas também o quanto é bom que a época de maior trabalho seja realmente no tempo mais quente. Cada vez mais admiro as pessoas que trabalham 5 dias por semana, acordando às 06h30, neste tempo frio e gelado. Cada vez mais penso que deveríamos alterar a semana de trabalho, as pessoas deveriam poder descansar pelo menos 3 dias de seguida. Cada vez mais gosto de ser um pouco como a formiga!

No fim do dia, Lisboa tinha esta cor.



Bom 2015!