sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Pessoas com lata!

Eu e um colega coordenavamos um grupo de 150 pessoas.
Parte desse grupo chegara para o jantar mesmo em cima da hora do jantar. Estando muito cansados decidiram não fazer o check in no hotel e partir de imediato com o resto do grupo.
O meu colega dirigiu-se à recepção e pediu para guardarem as chaves dos quartos dessa parte do grupo, pois entregaríamos aos nossos clientes mais tarde, ao voltar depois do jantar.
Partimos.
A meio do jantar, uma das senhoras sentindo-se muito cansada, meia adoentada até, pediu para voltar ao hotel. Eu voltei com ela para dar apoio e até pedir um médico, caso assim deseja-se.
Chegamos ao hotel, entregamos os seus documentos e pedimos a chave que fazia parte daquela caixa entregue uma hora antes para ser guardada.
Qual não é o meu espanto quando, a mesma pessoa que guardou a caixa, que já me viu trabalhar naquele hotel durante toda a operação da Taça das Confederações, que me vê horas e horas durante dias e dias, diz-me não poder dar as chaves porque eu não trazia o cartão com o número da caixa guardada!
Fiquei estupefacta!
O seu primeiro argumento é que se trata da segurança, pois não pode dar a chave a qualquer pessoa!
Muito bem, mas aí comecei a questionar:
- Mas não me conhece?
Ah sim, claro que sim! Mas ainda assim não podia dar.
Liguei ao colega a pedir o número do cartão, mas também não servia eu dizer assim.
Questionei porque é que entregando o BI da pessoa ele não poderia fazer uma chave nova, por exemplo. Já que a senhora estava no sistema e estava ali e a identificação dela era real!
Porque já tinha emitido a chave.
Questionei - e se ela tivesse perdido a chave, não faria simplesmente uma nova?
Nisto, pede-me um instante para atender outras pessoas.

A senhora a cada minuto que passava, ficava mais cansada e não percebia porque aquilo estava a acontecer, nem ela, nem eu!

Terminado o outro atendimento voltei a pedir explicações para não me estarem a entregar a chave.
Ele insistia porque simplesmente eu não tinha o cartão. Mesmo tendo eu dado todas as outras hipóteses, mesmo estando ele a ver uma pessoa que precisava simplesmente de dormir, ele nada fazia.
Passaram-se 15 minutos e eu não queria acreditar.

Disse-lhe por fim, muito bom, vou ligar ao seu superior a esta hora da noite a explicar-me o ridículo de toda esta situação.
Em 15 segundos mandou o colega abrir a porta e dar-me a chave!

Após a senhora ter subido, perguntei-lhe porque tinha criado uma situação tão ridícula e descabida.
Com a mesma cara impávida, de quem nada fizera ou prejudicara, dizia que era porque eu não tinha cartão e acrescenta:
- Seu pólo é muito bonito, no final da Copa não me dá um não?

O mundo é feito de pessoas muito estranhas não é?

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